O S.JORGE
Os organizadores do IndieLisboa vieram provar não só que Lisboa (e o país) necessitava de um festival internacional de cinema a sério, como era possível fazê-lo. Com trabalho, profissionalismo e uma competência aliada a um grande amor ao cinema.
Daí que se visse na cara dos funcionários de São Jorge uma motivação inesperada. Pela primeira vez (que eu me lembre) vi aqueles funcionários a darem o seu melhor e a trabalhar com gosto. Está bem que não viam espectadores há muito tempo e que salas quase sempre à cunha de gente interessada, também por ali já não havia memória. Mas ainda assim.
Claro que... quem por lá tem passado os últimos dias tem suado as estopinhas: literalmente. A EGEAC (a empresa que toma conta dos equipamentos culturais da cidade) tinha-se "esquecido" de que o sistema de ar condicionado estava avariado. "Há uns dias?", perguntei eu, ingénuo. Não HÁ MESES. "Como vai para obras, não valia a pena...".
Deixem-me pôr as coisas assim: ao aceitar festivais e mostras de cinema e a não lhe dar as condições mínimas (40 º dentro de uma sala é obra...) é o mesmo que eu convidar amigos para jantar em minha casa sem ter lavado a louça. "Como se vai sujar a seguir...".
Oh, valha-me Deus!
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